domingo, 31 de outubro de 2010

Atitude Sustentável: Pinte o telhado de branco e ajude a diminuir a temperatura do planeta

            
               Seguidores do Ecolfuturo, vamos adotar de vez atitudes sustentáveis, criando uma nova consciência ambiental em nossa sociedade. Para alcançarmos este objetivo podemos seguir algumas medidas começando em nossas residências,  afinal em  um país tropical como o Brasil é comum vivermos períodos de calor intenso, com altas temperaturas durante o dia e também à noite. Nas áreas urbanas, com a incidência do sol e o grande aglomerado de construções, a sensação térmica aumenta.
             A pergunta é: o que cada um de nós pode fazer para diminuir um pouco todo este calor? Um estudo científico realizado pela Green Building Council Brasil, chamado de One Degree Less (Um Grau a Menos), aponta que é possível diminuir a temperatura do interior das construções e, assim, reduzir o aquecimento global em 1º C. Tudo isso com uma medida bastante simples: basta pintar o telhado de branco.
          O estudo aponta que a pintura de telhados e lajes superiores com cores claras reduz a temperatura no interior das edificações em cerca de 6°C, pois o branco reflete até 90% dos raios solares, enquanto a telha cerâmica comum absorve essa mesma porcentagem de calor. Em um dia com temperatura máxima de 30°C, por exemplo, o interior de uma casa teria 24ºC, somente por causa do teto branco.

          Esses números comprovam que aumento da reflexão solar das superfícies urbanas reduz o seu respectivo ganho de calor, abaixa a temperatura e evita a transferência de calor para a atmosfera, reduzindo, assim, a temperatura do planeta.


       O arquiteto de bioclimática, Bernardo Cassaro Grasselli, trabalha na Austrália e é especialista em eficiência energética das edificações. Para ele, o Brasil tem muito o que avançar em termos de construção residencial e predial. “O clima da região, o tipo de construção e o entorno das construções podem influenciar na corrente de ar e consequentemente colaborar com o excesso de calor”, explica Bernardo. Segundo ele, na Europa, o uso de tintas e materiais especiais que funcionam como um microfilme ajudam a refletir os raios solares e a manter a temperatura dos ambientes.


        De acordo com o diretor comercial da Politintas, Vinicius Ventorim, no Brasil também já existem produtos eficazes para amenizar as altas temperaturas típicas de um país com verão longo, ensolarado e quente. “Um bom exemplo é a Tinta Metalatex Eco Telha, da Sherwin-Williams, e a Tinta Emborrachada, da Anjo. Ambas são produzidas à base de água e têm ótima capacidade de reduzir a absorção do calor”, destaca Ventorim.


       Seja você também um amigo do meio ambiente e pinte o seu telhado de branco. Peça também para seus amigos e familiares fazerem o mesmo. Pois com pequenas atitudes como essa podemos proteger o nosso planeta, ajudando a controlar o aquecimento global.




Cidadania: Vote consciente!


         

         Chegou a hora meus amigos, neste domingo, 31/10/2010  mais de 135 milhões de brasileiros vão às urnas eleger seu novo presidente. Número que põe o Brasil na condição de uma das maiores democracias do mundo.

          Infelizmente, não podemos dizer o mesmo quanto à qualidade desta democracia uma vez que ela fica muito desbotada pela coexistência com problemas como as desigualdades sociais, a fragilidade dos nossos sistemas judiciário e eleitoral, que permitem a repetição diária de injustiças e a perpetuação de distorções nos comandos das instituições. O mais grave é que no Judiciário e no Legislativo estão as bases constitucionais que compõem os pilares de defesa dos cidadãos e que, em razão disso mesmo, são os garantidores de uma boa democracia.

        Para mim, pouco importa em quem a maioria vai votar, porque acho mais preocupante o fato de não ver soluções à vista para aquelas situações que acabei de citar. Tudo indica que a ex-ministra Dilma Rousseff (PT) será eleita sucessora do presidente Lula, o maior fenômeno de popularidade durante o exercício do mandato que o Brasil já conheceu.
         Mas, apesar de todo o apoio que terá – ou até por causa disso -, pouco ela poderá fazer para corrigir as distorções que servem para compor casas legislativas cada vez menos independentes e cada vez mais distantes das reais aspirações daqueles que elegeram deputados e senadores. Talvez menos ainda possa fazer em relação ao Judiciário, entorpecido pela sua lentidão e afogado em montanhas de leis e códigos, muitos dos quais mais parecendo que foram criados como forma de ajudar advogados a livrar clientes endinheirados ou emperrar eternamente processos e inquéritos.
       E, se desse uma “zebra” e José Serra saísse vencedor neste domingo? Nada deste panorama mudaria. Continuaríamos a ser um País de desiguais onde há um pequeno cume ocupado pelos mais ricos ou poderosos vendo do alto a planície dos desprotegidos que formam o Brasil real.
          Deixando de lado qualquer ranço ideológico ou partidário, o Brasil teve a felicidade de ter nos últimos anos, dois presidentes que orgulhariam, cada um ao seu modo e estilo, qualquer País. Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva eram aliados e amigos antes de se sentarem na principal cadeira do Palácio do Planalto. E não se pode negar que ambos procuraram dar o melhor de si para fazer este País avançar.
       E, sem dúvida, o Brasil avançou. De uma economia inteiramente dependente dos países mais ricos, passamos a ser uma Nação respeitada no cenário mundial, com uma inflação em patamares que permitem empresas e chefes de família fazerem um planejamento mínimo dos seus ganhos. Milhões de pessoas saíram da linha da pobreza e da miséria absoluta. Outros tantos ganhos têm sido registrados.
        Mas, ainda falta muito o que fazer, especialmente nos aspectos que citei mais lá em cima. E, quanto a estes, podem até me taxar de pessimista, não creio que vejamos soluções de curto prazo, apesar do êxito parcial da Lei da Ficha Limpa. Como estamos no fim de uma campanha eleitoral marcada pelo fervor religioso, talvez rezar para que o próximo presidente ou presidenta faça tudo para derrubar esse pessismismo seja uma boa opção. 

sábado, 30 de outubro de 2010

A Sustentabilidade nas escolas

          
          
          Quando qualquer tema é abordado na educação escolar, faz-se necessária uma pesquisa para saber como está sendo trabalhado, qual a qualidade e os recursos utilizados para que os alunos o compreendam verdadeiramente. As escolas de um modo geral trazem em seu currículo o tema ecologia, mas cada uma diferencia na maneira e qualidade de exposição do assunto.

           Há escolas que felizmente se tornam modelos a serem seguidos por seus exemplos diários de práticas sustentáveis e levam os alunos (crianças e adolescentes) a participarem ativamente desse processo não só no ambiente escolar como em casa e na sociedade. Porém infelizmente a maioria das escolas não se preocupa em trabalhar todos os dias com essa área, e nem tão pouco servem de exemplo para seus alunos.

          Vemos ainda escolas que se lembram da sustentabilidade uma vez por ano apenas, quando é promovida a Semana Dedicada à Ecologia. Nessa semana os alunos procuram demonstrar tudo que sabem apresentando trabalhos maravilhosos, ouvindo palestras, participando de debates e gincanas. Encerrada a semana acaba-se tudo que foi divulgado e lá se vão os papéis, chicletes e restos de lanches espalhados pelo chão.

           As carteiras lixadas ganham novamente os desenhos e rabiscos, e nada mais faz sentido em relação a tudo que aprenderam e pregaram. Nem mesmo as escolas dão importância ao fato, pois as luzes continuam acesas sem necessidade, as torneiras voltam a pingar e os fortes produtos de limpeza voltam à ativa, e os alunos continuam agindo como antes tanto na escola quanto fora dela.

          Crianças e adolescentes que não respeitam o meio ambiente e se a escola não despertar para seu papel principal de educar todos os dias e não uma vez por ano isso se tornará uma bola de neve e a sociedade continuará a formar mais e mais cidadãos adultos que continuarão a poluir a natureza.

          Devem ser parabenizadas as escolas que tem como meta a educação por um todo, dando exemplo, ensinando e cobrando atitudes de respeito a si próprio, à sociedade e ao meio ambiente.Já para as escolas que não dão tanta importância à ecologia apelamos que acordem, pois sem o equilíbrio ambiental não há haverá vida em nosso planeta.

Proteger a biodiversidade exige visão integrada

         

          Todos os dias, nosso planeta é presenteado com o surgimento de espécies animais e vegetais. Ao mesmo tempo, outros seres desaparecem, em um processo ininterrupto que seleciona apenas os mais bem adaptados. Sempre foi assim, desde os tempos mais remotos. Esse é o ciclo natural da evolução. O problema é que o ritmo de extinções anda acelerado demais, pelo menos 100 vezes superior à velocidade normal. Os cientistas até arriscam uma estimativa — a cada 20 ou 25 minutos, uma espécie some da face da Terra.

          O Brasil coleciona casos de sucesso na luta pela preservação e recuperação de algumas espécies, como a tartaruga marinha, o peixe-boi e a baleia jubarte, os mais conhecidos no país. No entanto, com a constatação de que a perda da biodiversidade não conseguiu ser estancada nos últimos anos, os participantes do “I Forum Biodiversidade e a Nova Economia” defenderam estratégias mais amplas e integradas para preservar de fato as espécies do planeta como um todo. Segundo a terceira edição do Panorama da Biodiversidade Global, 42% das populações de anfíbios e 40% das de aves, entre outras, estão ameaçadas, ou seja, em declínio.

          “Nada contra a tartaruga ou o urso polar, mas as espécies símbolos, que atraem a atenção da mídia e de recursos para a sua preservação, representam apenas 1% da biodiversidade. Os outros 99% são de vidas não tão atrativas ou carismáticas ou nem mesmo conhecidas”.

         “Há um valor espiritual em preservar a biodiversidade, mas também há questões de ordem muito prática”.

          “A natureza nos presta serviços que ainda nem imaginamos. Sem perceber, a humanidade pode estar comprometendo para sempre seu modo de vida.” 

           O QUE É POSSÍVEL FAZER

- Criar unidades de conservação, como reservas ecológicas e parques naturais;
- Criar e fazer cumprir as leis que proíbam a extração, caça e pesca predatórias, como a que acontece no período de reprodução dos peixes;
- Controlar as espécies exóticas invasoras, fiscalizando o tráfico de animais;
- Promover a educação ambiental e o ecoturismo;
- Promover melhores práticas na agricultura, no manejo florestal e na pesca.
- Como indivíduo, o consumo consciente é uma boa maneira de conservar a diversidade das espécies.
- Informe-se sobre as empresas que não prejudiquem o meio ambiente em suas atividades;
- Economize água e energia;
- Não jogue lixo na rua, nos rios ou nas praias;
- Recicle sempre que possível.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Atitude Sustentável: Encaminhe as suas caixinhas Tetra Park para reciclagem

          
           Normalmente a desculpa de não encaminharmos os nossos resíduos domésticos para a reciclagem, é não saber para quem ou para onde encaminhar. Sendo assim, o EcolFuturo vem dar uma dica para a solução deste problema, em relação as embalagens Longa Vida (Tetra Park).
         
           Entrem no site www.rotadareciclagem.com.br, no local solicitado escreva o endereço da sua residência e o site lhe informará qual o local mais próximo da sua casa para encaminhar as suas caixinhas Tetra Park geradas após o uso do leite.

            
         VOCÊ FAZ PARTE - DESCUBRA O VERDE - TEMA DISCOVERY BRASIL

Brasil anuncia ações de combate às mudanças climáticas

          A reunião anual do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas acontecerá nesta terça-feira, dia 26 de outubro, em Brasília. O evento tem a intenção de apresentar à sociedade o posicionamento do país em relação às negociações internacionais sobre o combate às mudanças climáticas e, ainda, fazer um balanço sobre a atual posição do governo em relação ao assunto.

          Na ocasião, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e seus representantes de governo falarão sobre os avanços que o Brasil apresentou desde dezembro do ano passado, quando assumiu um compromisso voluntário, na COP15, para reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa. Entre os temas que estarão em pauta está o PPCDAM – Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, que vem contribuindo para a redução da taxa de desmatamento no bioma.

          Em seguida, o governo apresentará as ações que pretende tomar a partir de agora para acelerar o combate às mudanças climáticas no país. No total, três novas medidas serão anunciadas. São elas:

– a divulgação da Segunda Comunicação Nacional, que cataloga os programas e ações implantados pela Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima no Brasil, até o ano de 2010;
– a assinatura do Decreto de Regulamentação do FNMC – Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, que institui a criação de um Comitê Gestor para administrar, acompanhar e avaliar a aplicação de recursos para iniciativas que visem a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas e aos seus efeitos e
– a entrega do Sumário Executivo dos Planos de Mitigação, para que especialistas possam analisar e discutir o documento, que engloba cinco planos de ação para prevenção e controle do desmatamento e, ainda, para os setores de energia, agricultura e siderurgia.

          Por fim, a reunião do Fórum discutirá a estratégia de negociação que deve ser adotada pelo governo brasileiro durante a COP16 – Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que acontecerá no México, na cidade de Cancun, de 29 de novembro a 10 de dezembro.

         

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Prometeram. Vão rezar?


          

            Graças à pressão das quase 70 mil pessoas que até agora assinaram a petição do Greenpeace e outra da Avaaz dirigidas aos candidatos à Presidência, e de milhares pessoas que colocaram o tema em pauta no Twitter e de outras redes sociais, o desmatamento zero virou assunto eleitoral. Durante o debate transmitido na segunda-feira, dia 25 de outubro, pela Record, José Serra (PSDB) afirmou que, se vencer o pleito, vai aderir ao fim do desmatamento no país. No sábado, num evento destinado a atrair votos verdes em Belo Horizonte, sua rival Dilma Roussef (PT) também afirmou que era favorável ao desmatamento zero.

          Trata-se de uma mudança e tanto. Até a semana anterior, os dois sequer queriam saber do tema. Tanto que Dilma e Serra se recusaram a atender um chamado de ativistas do Greenpeace e assinar um compromisso com o desmatamento zero e a aprovação da Lei de Energias Renováveis . Esse é um dos problemas do palavrório eleitoral dos dois candidatos. “O outro problema é que, além de assinar um papel, os dois devem explicar ao país como pretendem chegar lá. Precisam mostrar seus projetos. Ou pelo menos assumir compromisso público de ter um logo no início do governo”, diz Marcio Astrini, da campanha da Amazônia do Greenpeace. 

          “Sobre isso, eles deveriam ligar diretamente para Luciano Coutinho, presidente do BNDES, e pedir conselhos”, sugere Sergio Leitão, diretor de Campanhas do Greenpeace. Pouco antes de assumir o banco, Coutinho e sua consultoria econômica trabalharam a pedido de nove ONGs para criar um plano para zerar o desmatamento na Amazônia em 2015

          O plano elaborado por Coutinho e sua equipe, com apoio de técnicos das ONGs, propunha a adoção de metas anuais de redução do desmatamento na Amazônia. Ele prevê investimentos em monitoramento, controle, licenciamento ambiental em propriedades rurais e unidades de conservação para reforçar a governança na região, na melhoria do uso das áreas já desmatadas e compensação financeira para povos indígenas, comunidades locais, populações tradicionais e produtores rurais envolvidos com a conservação da floresta.

          Defender o desmatamento zero é viabilizar uma nova política pública, mas também garantir o respeito às leis ambientais em vigor. E isso significa impedir, por exemplo, que os ruralistas continuem a tentar passar com seus tratores em cima do Código Florestal. Dilma e Serra até já se disseram contra qualquer mudança no código este ano. Prometeram até vetar alguns pontos da proposta assinada pelo deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que pretende anistiar desmatadores e reduzir áreas de proteção permanente como encostas e margens de rio. 

          No entanto, os dois têm em suas fileiras ou empedernidos ruralistas ou gente que apoiou o tratoraço ruralista contra as leis ambientais na Câmara Federal. É o caso de Dilma, por exemplo, cujo vice, Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara, prometeu votar a proposta de Aldo Rebelo como está ainda este ano . Serra também não anda em boa companhia. Seu partido é aliado do DEM, da senadora Kátia Abreu, promotora do agronegócio e de mudanças no código.

          Apesar de começarem a falar, ainda sem se comprometer, em desmatamento zero, Dilma e Serra ainda não disseram nada sobre se são ou não a favor da aprovação da Lei de Energias Renováveis. Pelo que se ouve dos dois, não são. Até agora, o plano energético de ambos parece ser muito semelhante. Tanto um quanto ainda não apresentaram propostas concretas para incentivar o uso de fontes de geração de energia limpa no país. Tampouco apontaram como pretendem parar com a inclusão de fontes de geração sujas, como as térmicas a óleo e usinas nucleares, na matriz energética brasileira, e de grandes obras na floresta.

          

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Biodiversidade nas regiões tropicais cai 60% em 40 anos

           O relatório divulgado  pela ONG mundial WWF revelou uma triste ironia: intitulado Planeta Vivo 2010, o documentou apontou resultados que mostram que o planeta está cada vez “menos vivo”. Segundo o estudo, em menos de 40 anos o mundo perdeu 30% de sua biodiversidade original e, nas regiões tropicais, a queda foi ainda pior: 60% da fauna e flora original foi perdida. 

          As espécies mais afetadas foram as aquáticas: houve queda de 70% nas populações que vivem em água doce, nas áreas tropicais, nas últimas quatro décadas, caracterizando o maior declínio de biodiversidade já registrado na história. 

      O ritmo com que a fauna e flora estão diminuindo no planeta – e, principalmente, nas regiões tropicais, consideradas de baixa renda – foi classificado como alarmante pelos ambientalistas, mas não significa que os países ricos estão mais conscientes. Segundo o relatório, se a população mundial vivesse hoje de acordo com os padrões de vida dos EUA, por exemplo, seriam necessários mais de 4 planetas para suprir as necessidades de recursos naturais. Enquanto isso, no Brasil, os dados do estudo revelam que a população está longe de ser um exemplo, mas consome muito menos elementos da fauna e flora: pouco mais de um planeta por ano. 

       Sendo assim, a explicação para a queda da biodiversidade ser maior nos países de baixa renda é outra: o consumo das nações mais ricas é baseado, em grande parte, no esgotamento dos recursos de fauna e flora que estão disponíveis nos países mais pobres. Ou seja, eles utilizam em maior escala e todos pagam a conta. Seja como for, se todos nós continuarmos a consumir do jeito que consumimos hoje, o mundo todo precisará de, no mínimo, dois planetas Terra para viver em 2030. 

          Para evitar que isso aconteça, a WWF pontuou algumas medidas no relatório que podem auxiliar na diminuição do uso da fauna e flora para suprir as necessidades humanas. Entre elas: 

 – políticas de proteção em áreas consideradas importantes para a preservação da biodiversidade; 
– atenção aos hábitos de consumo, privilegiando, por exemplo, artigos sustentáveis e certificados e 
– aperfeiçoamento de mecanismos de monitoramento do uso da biodiversidade, para que as empresas se inibam, cada vez mais, na hora de "abusar" dos recursos naturais disponíveis no planeta. 


Eleições e o meio ambiente

           
          Os dois candidatos à Presidência não apresentaram um detalhamento de como atingir os objetivos na área ambiental.A candidatura de Marina Silva (do Partido Verde) para a Presidência da República apresentou um resultado surpreende nas urnas, com cerca de 20 milhões de votos. Apesar das análises políticas que entendem que parte desse eleitorado é composta por adeptos do "voto de protesto", certamente as propostas da candidata na área de meio ambiente tiveram papel fundamental para que ela obtivesse expressiva votação.

          Agora, no segundo turno que se avizinha, paira a dúvida sobre quais serão as propostas do Partido Verde para a questão ambiental que os dois presidenciáveis incluíram em seus programas de governo. Para estabelecermos algumas linhas de comparação, consideremos dois pontos principais: a questão dos resíduos, com foco na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), e a preservação do bioma amazônico. Em agosto de 2010, depois de cerca de 20 anos de tramitação, o presidente Lula sancionou a Lei n. 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

          A norma apresenta conceitos inovadores para a gestão de resíduos sólidos. Entre as principais novidades, estão:

          (1) a proibição do lançamento de resíduos sólidos a céu aberto e em lixões, impedindo a presença de pessoas em áreas de disposição de resíduos;

         (2) o uso da logística reversa, que estabelece responsabilidades para os fabricantes, importadores e comerciantes de recolhimento para reúso, reciclagem ou disposição ambientalmente adequada dos seus produtos depois do uso pelo consumidor;

          (3) e a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto para reduzir a geração de resíduos.

          A proposta de governo do PSDB sobre esse tema ressalta a importância de "transformar lixo em emprego e renda" e aponta que a política nacional abre espaço para a inclusão social, valorizando as cooperativas de catadores. José Serra, candidato do PSDB à Presidência da República apresenta como destaque a instituição da Política Estadual de Resíduos Sólidos de São Paulo, sancionada em 2006 pelo então governador Geraldo Alckmin (também do PSDB) e citada pelo atual candidato da legenda como um feito significativo. Entretanto, apesar de ser uma iniciativa pioneira, essa política sofreu com atrasos na implementação de suas ferramentas para gerenciamento de resíduos.

          Apesar disso, ações desenvolvidas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SMA) tiveram resultados positivos, como o fechamento de mais de 140 lixões irregulares no estado. José Serra destaca ainda em seus discursos temas gerais relacionados ao meio ambiente, sem apresentar propostas claras. Itens que o candidato aborda em sua campanha são: o investimento em saneamento básico, a necessidade de redução das emissões atmosféricas, a preservação de florestas conciliada com incentivos à agricultura, além do fomento à economia verde. Entretanto, o candidato não explica como pretende realizar esses objetivos.

          A candidata do PT, Dilma Rousseff, por sua vez, divulgou em sua campanha um documento apresentando alguns compromissos relacionados à política ambiental. Entre essas propostas apresentadas pela candidata estão:
 
         - Aprofundar o crescimento econômico com distribuição de renda e sustentabilidade ambiental;
         - Atingir um baixo índice de emissões de gás carbônico per capita;
 
         - Promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia, fortalecer a dimensão da sustentabilidade nas obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC);
         - Implementar a Política Nacional de Resíduos Sólidos, erradicando os lixões.

          Vale ressaltar que esses compromissos têm um caráter bastante genérico, sendo que a candidata do PT também não disponibiliza muitas informações de como eles serão viabilizados. No tema da preservação da Amazônia, Dilma Rousseff apresenta a necessidade de uma estratégia ambientalmente sustentável de ocupação e uso do solo e de tomar ações de recuperação de áreas degradadas, enquanto José Serra fala em investir em recuperação de florestas, mangues, cerrado e matas ciliares, além de garantir a preservação de áreas de manancial e encostas. O que podemos concluir dessas posturas é que ambos os candidatos mantiveram uma estratégia de tratar o tema ambiental por meio de propostas genéricas.

          Os dois candidatos à Presidência da República não apresentam um detalhamento de como atingir os objetivos e também não assumem metas claras. Essa constatação fica evidente, inclusive, na falta de informações que permitam uma avaliação mais profunda de suas propostas. De uma maneira geral, não é possível identificar grandes diferenças entre as propostas dos dois candidatos. Sendo assim, o papel da sustentabilidade no próximo governo mantém-se como uma incógnita. A falta de familiaridade com o tema que ambos os candidatos apresentam e a forma genérica com que o assunto é tratado passam uma má impressão.

 

 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Afinal, o que é ser cidadão?

        

       Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho justo, à saúde, a uma velhice tranqüila.

Como exercemos a cidadania?

        Cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais. Expressa a igualdade dos indivíduos perante a lei, pertencendo a uma sociedade organizada. É a qualidade do cidadão de poder exercer o conjunto de direitos e liberdades políticas, socio-econômicas de seu país, estando sujeito a deveres que lhe são impostos. Relaciona-se, portanto, com a participação consciente e responsável do indivíduo na sociedade, zelando para que seus direitos não sejam violados. 

        A cidadania instaura-se a partir dos processos de lutas que culminaram na Independência dos Estados Unidos da América do Norte e na Revolução Francesa. Esses dois eventos romperam o princípio de legitimidade que vigia até então, baseado nos deveres dos súditos e passaram a estruturá-lo a partir dos direitos do cidadão. Desse momento em diante todos os tipos de luta foram travados para que se ampliasse o conceito e a prática de cidadania e o mundo ocidental o estendesse para a s mulheres, crianças, minorias nacionais, étnicas, sexuais, etárias.



Como ocorre um Tsunami?

         O tsunami é uma onda gigante gerada por distúrbios sísmicos, que possui alto poder destrutivo quando chega à região costeira. A palavra vem do japonês "tsu" (porto, ancoradouro) e "nami" (onda, mar).

          Em geral, um Tsunami é formado a partir de anomalias que provocam deslocamentos de uma enorme massa de água como terremotos, deslocamentos de massa continental, erupções vulcânicas ou meteorito, esse fenômeno pode surgir sempre que ocorrer acidentes geológicos de forma repentina na superfície marinha que faz deslizar de forma vertical a massa de água. Grande parte dos Tsunamis ocorre no Oceano Pacífico, no entanto, nada impede que aconteça em qualquer lugar e hora. 
          
          Os Tsunamis são ondas gigantescas, existem estimativas de ondas com mais de 30 metros de altura e velocidade incrível de mil quilômetros por hora. Esse fenômeno natural é um perigo real e em muitos casos é difícil de prever, quando acontece certamente produz uma grande destruição além de inúmeras mortes, diante disso é de fundamental importância a dispersão em todos os oceanos de equipamentos e sondas para identificar possíveis abalos e assim evacuar áreas para que pelo menos vidas humanas sejam poupadas, uma vez que prejuízos financeiros são inevitáveis nesse caso.


Indonésios mais uma vez vítimas das forças da natureza

         O maior arquipélogo do mundo (Indonésia) situado no Círculo de fogo do Pacífico foi novamente atingido na noite desta segunda-feira (25/10/2010) por uma das forças mais destrutivas da natureza. Um terremoto de magnitude 7,7 foi registrado à cerca de 33 km de profundidade e a 78 km a oeste de Pagai Sul, nas Ilhas Mentawai. O tremor provocou um enorme tsunami que destruiu casas na cidade costeira de Betu Monga e em outras localidades. A Indonésia também era afetada pela erupção do vulcão Marapi, na ilha de Java, que obrigou a retirada de milhares de moradores. Pelo menos 108 pessoas morreram e 502 estão desaparecidas após o tsunami ter atingido várias ilhas remotas na Indonésia.



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