sábado, 30 de outubro de 2010

Proteger a biodiversidade exige visão integrada

         

          Todos os dias, nosso planeta é presenteado com o surgimento de espécies animais e vegetais. Ao mesmo tempo, outros seres desaparecem, em um processo ininterrupto que seleciona apenas os mais bem adaptados. Sempre foi assim, desde os tempos mais remotos. Esse é o ciclo natural da evolução. O problema é que o ritmo de extinções anda acelerado demais, pelo menos 100 vezes superior à velocidade normal. Os cientistas até arriscam uma estimativa — a cada 20 ou 25 minutos, uma espécie some da face da Terra.

          O Brasil coleciona casos de sucesso na luta pela preservação e recuperação de algumas espécies, como a tartaruga marinha, o peixe-boi e a baleia jubarte, os mais conhecidos no país. No entanto, com a constatação de que a perda da biodiversidade não conseguiu ser estancada nos últimos anos, os participantes do “I Forum Biodiversidade e a Nova Economia” defenderam estratégias mais amplas e integradas para preservar de fato as espécies do planeta como um todo. Segundo a terceira edição do Panorama da Biodiversidade Global, 42% das populações de anfíbios e 40% das de aves, entre outras, estão ameaçadas, ou seja, em declínio.

          “Nada contra a tartaruga ou o urso polar, mas as espécies símbolos, que atraem a atenção da mídia e de recursos para a sua preservação, representam apenas 1% da biodiversidade. Os outros 99% são de vidas não tão atrativas ou carismáticas ou nem mesmo conhecidas”.

         “Há um valor espiritual em preservar a biodiversidade, mas também há questões de ordem muito prática”.

          “A natureza nos presta serviços que ainda nem imaginamos. Sem perceber, a humanidade pode estar comprometendo para sempre seu modo de vida.” 

           O QUE É POSSÍVEL FAZER

- Criar unidades de conservação, como reservas ecológicas e parques naturais;
- Criar e fazer cumprir as leis que proíbam a extração, caça e pesca predatórias, como a que acontece no período de reprodução dos peixes;
- Controlar as espécies exóticas invasoras, fiscalizando o tráfico de animais;
- Promover a educação ambiental e o ecoturismo;
- Promover melhores práticas na agricultura, no manejo florestal e na pesca.
- Como indivíduo, o consumo consciente é uma boa maneira de conservar a diversidade das espécies.
- Informe-se sobre as empresas que não prejudiquem o meio ambiente em suas atividades;
- Economize água e energia;
- Não jogue lixo na rua, nos rios ou nas praias;
- Recicle sempre que possível.

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