terça-feira, 29 de março de 2011

Mais da metade dos municípios brasileiros correm o risco de sofrer com a falta de água




       Caros seguidores, já postei neste blog diversos artigos relacionados à problemática envolvendo o desperdício e a falta de água no planeta. Os brasileiros equivocadamente pensam que o Brasil sendo o país com as maiores reservas de água doce no mundo, jamais sofrerá com um racionamento hídrico em grande escala dentro do território nacional.

       Pois bem, indo contra toda essa falsa sensação de segurança hídrica que nos rodeia, venho relatar sobre uma pesquisa elaborada pela Agência Nacional de Águas, na qual a ANA alerta para uma possível falta de água em mais da metade dos municípios brasileiros. Espero que cada um de vocês que estão lendo esse artigo, se conscientize  sobre a importância de  preservar todo recurso hídrico desse país (lembrando que 70% da água doce do Brasil se encontra na região norte, a Amazônia).

         Abaixo, um resumo da pesquisa realizada pela ANA:

       Um atlas lançado  pelo governo federal aponta que mais da metade dos municípios brasileiros podem ter problemas de abastecimento de água até 2015. De acordo com a obra, produzida pela Agência Nacional de Águas, subordinada ao Ministério do Meio Ambiente, 55% dos 5.565 municípios do país podem sofrer desabastecimento nos próximos quatro anos.  O número equivale a 73% da demanda de água no país.

      Ainda segundo a publicação, “a maior parte dos problemas de abastecimento urbano no país está relacionada com a capacidade dos sistemas de produção” - 84% das sedes urbanas necessitam investimentos para adequação de seus sistemas produtores de água e 16% apresentam déficits decorrentes dos mananciais utilizados.

     O atlas usa uma projeção de que o país terá um incremento demográfico de aproximadamente 45 milhões de habitantes entre 2005 e 2025. Isso implica num considerável aumento da demanda de abastecimento urbano, exigindo aportes adicionais de 137 mil litros por segundo de água nesses 20 anos, conclui a ANA.

    Para contornar essa dificuldade, seriam necessários investimentos de R$ 22,2 bilhões até 2025 na ampliação e adequação de sistemas produtores ou no aproveitamento de novos mananciais, calcula a agência. Caso tais investimentos são sejam colocados em prática, grande parte da população brasileira em breve sentirá na pele os efeitos da irracionalidade humana em relação à água.



terça-feira, 22 de março de 2011

22 de Março: Dia Mundial da Água



     Nada melhor que aproveitar o dia mundial da água para dar algumas dicas práticas aos leitores do EcolFuturo de como economizar este líquido tão precioso para todas as formas de vida do planeta. Espero que com essas dicas cada um de vocês tornem-se pessoas mais conscientes, ajudando a reduzir e preservar este bem natural de suma importância para todos nós.     
      
     Ao escovar os dentes com a torneira aberta durante 5 minutos, você gasta 80 litros. Mas mantendo a torneira fechada, a economia é de 79 litros.

      Um banho de 15 minutos em chuveiro elétrico consome 144 litros de água. Se o chuveiro ficar fechado enquanto no ensaboamos e o tempo de banho for reduzido para 5 minutos, gasta-se 48 litros.

     Para regar o jardim com torneira aberta por 10 minutos, gasta-se 186 litros de água. Se for regado somente o necessário pela manhã ou pela noite, com esguicho revólver adaptado na mangueira, a economia é de 96 litros.

     Lavar o carro com torneira aberta durante 30 minutos consome 216 litros de água. Utilizar um balde para molhar, ensaboar e enxaguar o automóvel economiza 176 litros.

     Ao lavar a louça com a torneira aberta durante 15 minutos, consumimos 243 litros de água. Se a torneira for fechada durante o ensaboamento, gastaremos apenas 46.

    Uma máquina de lavar roupas com capacidade para 5 quilos gasta 135 litros de água. Para economizar, deve-se ligá-la apenas quando ela estiver com a capacidade total preenchida.

     Não use o vaso sanitário como lixeira. Apertando a descarga por 6 segundos, você estará gastando 10 litros de água. Quando a válvula está defeituosa, pode chegar a gastar até 30 litros.

     Um torneira gotejando gasta até 46 litros por dia, ou seja, 1.380 litros por mês. Um fio de água com cerca de 2 milímetros totaliza 4.140 litros num mês. Um fio de 4 milímetros gasta 13.260 litros por mês. Assim, verifique se as torneiras de sua casa estão fechando bem para evitar o desperdício.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Conheça mais a caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro


          Grande parte das pessoas que estão lendo esse artigo quando procuram algum tipo de informação sobre os tipos de biomas do Brasil, logo vem em suas mentes a Floresta Amazônica. Mas devemos ressaltar que além da Amazônia existem mais 5 biomas que cobrem o território nacional, são eles: Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica, Pampas e a Caatinga.

      Mata branca ou na linguagem dos índios tupis, caatinga. Esse é o único bioma exclusivamente brasileiro. Lugar onde as chuvas são poucas e concentradas em quatro, cinco meses do ano. Durante todo o período seco, as plantas da caatinga ficam praticamente sem folhas. Uma floresta de galhos retorcidos, espinhos, aparentemente pobre em biodiversidade. Logo depois das primeiras chuvas, com pouca água, as plantas que pareciam mortas, renascem e a gente consegue enxergar a riqueza e a diversidade de espécies que compõem a caatinga.

          Este bioma é o mais fragilizado dos biomas brasileiros. O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de centenas de anos de ocupação, associado à imagem de local pobre e seco, fazem com que a caatinga esteja bastante degradada. Entretanto, pesquisas recentes vem revelando a riqueza particular do bioma em termos de biodiversidade e fenômenos característicos.

          Com relação à fauna, esta é depauperada, com baixas densidades de indivíduos e poucas espécies endêmicas. Apesar da pequena densidade e do pouco endemismo, já foram identificadas 17 espécies de anfíbios, 44 de répteis, 695 de aves e 120 de mamíferos, num total de 876 espécies de animais vertebrados, pouco se conhecendo em relação aos invertebrados. Descrições de novas espécies vêm sendo registradas, indicando um conhecimento botânico e zoológico bastante precário deste ecossistema, que segundo os pesquisadores é considerado o menos conhecido e estudado dos ecossistemas brasileiros.      
          Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. O último exemplar da espécie vivendo na natureza não foi mais visto desde o final de 2000. Outros animais da região são o sapo-cururuasa-brancacutiagambápreá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagui-de-tufos-brancos, entre outros.
         Observamos que a Caatinga não é apenas uma região inóspita e isolada do resto do mundo como a grande maioria pensa, nessa área existe uma grande variedade de fauna e flora exclusiva do Brasil, devemos por tanto preservar este patrimônio natural tão importante para todo o Nordeste brasileiro.



quarta-feira, 9 de março de 2011

Estudo alerta para possibilidade de uma extinção em massa no planeta

         A raça humana pode ter provocado a sexta onda de extinções em massa na Terra, de acordo com um estudo divulgado pela revista "Nature".Ao longo dos últimos 540 milhões de anos, cinco extinções em massa de espécies foram causadas por fenômenos naturais.

         As novas ameaças, entretanto, são fruto da ação humana: a redução dos habitats, a caça e pesca excessivas, a disseminação de germes e vírus, a introdução de espécies e as mudanças climáticas provocadas pela emissão de gases causadores do efeito estufa. Evidências coletadas em fósseis sugerem que, nas cinco grandes extinções anteriores, 75% de todas as espécies animais simplesmente desapareceram. 
        Até a grande expansão da humanidade, há cerca de 500 anos, a extinção de mamíferos era muito rara: em média, apenas duas espécies pereciam a cada milhão de anos.Nos últimos cinco séculos, no entanto, pelo menos 80 das 5.570 espécies conhecidas de mamíferos foram extintas, um claro sinal de alarme para os riscos à biodiversidade.
     Na hipótese de todas estas espécies terminarem extintas sem que a redução da biodiversidade seja combatida, a sexta extinção em massa pode chegar dentro de pouco tempo, daqui a entre três e 22 séculos. Comparada às outras cinco grandes, esta seria a mais rápida extinção em massa já documentada.
         É muito importante que dediquemos recursos e adotemos leis e normas para proteger as espécies, se não quisermos ser a espécie cujas atividades provocou uma extinção em massa. 
Ecoblogs